O que está acontecendo quando estamos com raiva
Você já se pegou pensando em uma situação em que se sentiu muito irritado? Imagine que alguém que você ama fez algo que te deixou furioso. Todos nós sentimos raiva em algum momento da vida. Mas a grande questão é: como lidamos com essa emoção?
A história da raiva
Recentemente, um amigo me perguntou como lidar com a raiva. Ele havia explodido com alguém que ama e, depois, se sentiu cheio de vergonha e arrependimento. Isso acontece com a maioria de nós. A raiva pode nos levar a agir de maneiras que depois nos fazem sentir mal.
A raiva se manifesta de várias maneiras. Algumas pessoas gritam e descontam sua frustração nos outros. Outras guardam tudo para si, pensando que a raiva não é segura. E há aqueles que se irritam em silêncio, até que um dia a pressão explode. O que importa é que todos nós sentimos raiva. E a pergunta é: como podemos melhorar ao lidar com essa emoção?
Estratégias para lidar com a raiva
Vamos explorar algumas estratégias que podem ajudar você a lidar melhor com a raiva. Eu, pessoalmente, tenho trabalhado para melhorar nesse aspecto e, embora não seja perfeito, já fiz progressos. Por exemplo, eu costumava gritar com meus filhos quando estava bravo. Hoje, percebo a frustração mais cedo e encontrei maneiras de me acalmar, mostrando compreensão e amor.
Antes de falarmos sobre as estratégias, vamos entender o que acontece quando ficamos com raiva.
O ciclo da raiva
Quando você fica irritado, geralmente é porque alguém fez algo que você não gostou. Aqui está o que acontece:
- Desagrado: Você não gosta do que a outra pessoa fez.
- Dor Momentânea: Isso causa uma dor momentânea. Você se sente ferido.
- Raiva: Essa dor leva à raiva, frustração ou irritação.
- História: Você começa a contar uma história sobre a outra pessoa ou a situação. É uma narrativa que você cria para entender o que está acontecendo.
Esse ciclo pode nos manter presos na raiva, mesmo que a dor inicial já tenha passado. A história que contamos a nós mesmos pode prolongar a raiva e criar mais descontentamento.
Reconhecendo a história
Muitas vezes, a história que contamos não é útil. Ela pode nos deixar mais irritados e nos afastar das pessoas que amamos. Essa narrativa pode ficar girando em nossas cabeças por horas ou até dias, intensificando a dor.
Na próxima vez que você sentir raiva ou frustração, preste atenção na história que está se repetindo em sua mente. O que você está dizendo sobre a outra pessoa ou a situação? Apenas observe essa narrativa.
Praticando uma nova abordagem
Quando a raiva surgir, você pode escolher seguir seus padrões antigos ou tentar algo novo. Aqui estão algumas práticas que eu recomendo:
- Reconheça a emoção: Note quando você está sentindo raiva. Pergunte-se: “Estou contando uma história sobre isso?”
- Medite por um momento: Foque na sensação física da raiva em seu corpo. Onde você sente isso? Que textura tem? Isso muda?
- Permita-se sentir: Em vez de voltar à sua história, tente ficar mais tempo com a sensação. Treine-se para permanecer presente.
- Receba a sensação: Não a veja como algo ruim. Tente ser amigável com essa emoção. Sorria para ela, se puder.
- Veja a dor como um sinal: Entenda que a dor é um sinal do seu bom coração que foi ferido. Você não precisa fazer nada agora, apenas mantenha contato com esse coração vulnerável.
Ação compassiva
Ao abrir-se para essa nova abordagem, você pode tentar:
- Dar a si mesmo bondade: Deseje a si mesmo: “Que eu encontre paz e alegria.”
- Reconhecer a dor do outro: Veja que a outra pessoa também está lutando. Eles também sentem dor.
- Enviar bondade: Deseje a eles: “Que eles encontrem paz e felicidade.”
Repita isso algumas vezes. A partir desse lugar de compaixão, você pode agir de maneira mais apropriada. Isso pode significar dar um abraço, conversar com compreensão ou apenas se abster de reagir negativamente.
Praticando a compaixão
A raiva muitas vezes nos faz responder de maneira desproporcional. Mas, ao praticar a compaixão, você pode encontrar uma maneira mais gentil de agir ou até mesmo de não agir. É normal errar nessa prática. Assim como em qualquer habilidade, você melhora com a prática. Quando perceber que não conseguiu abrir-se para a sensação ou que ficou preso em suas histórias, pratique novamente.